Prefeitura de Teresina e PM firmam convênio para segurança de prédios públicos; vigilantes demitidos protestam
Sindicato dos Vigilantes do Piauí alega que a medida desvia a função de policiais militares e compromete empregos. De acordo com o diretor, 98 profissionais ...

Sindicato dos Vigilantes do Piauí alega que a medida desvia a função de policiais militares e compromete empregos. De acordo com o diretor, 98 profissionais já foram demitidos e alguns cumprem aviso prévio, que termina no domingo (30). Vigilantes protestam e pedem reunião com representante da prefeitura A Prefeitura Municipal de Teresina e a Polícia Militar do Piauí (PMPI) firmaram um convênio para que militares, em horários de folga, possam atuar na segurança de prédios públicos municipais. Contra o decreto, o Sindicato dos Vigilantes do Piauí realizou um protesto na manhã desta quinta-feira (27). ✅ Siga o canal do g1 Piauí no WhatsApp Um grupo de vigilantes esteve reunido em frente ao Palácio da Cidade, no Centro da capital, entre 9h30 e 11h, e reivindicou a prestação do serviço de segurança armada. Ao g1, o diretor do sindicato da categoria, Marcus Vinícius Lopes, afirmou que a decisão compromete empregos. Segundo ele, 98 profissionais foram demitidos desde o convênio e alguns cumprem aviso prévio, que termina no próximo domingo (30). "A nossa intenção é que o prefeito revogue esse decreto. Eles estão desempregando pais e mães de família, para por policiais militares que já têm o seu salário todo mês. Tem relato de um pai que não vai mais conseguir pagar o tratamento do filho autista. E outra mãe que não vai ter como sustentar os três filhos", afirmou o diretor . Em nota, a Prefeitura Municipal informou que, por meio da Secretaria Municipal de Administração, acompanha de perto a transição para assegurar que as obrigações contratuais sejam cumpridas e os direitos trabalhistas dos vigilantes terceirizados sejam respeitados (veja nota ao fim da reportagem). Também por meio de nota, o Sindicato dos Vigilantes do Piauí reforçou que policiais militares não deveriam "assumir postos de trabalho que são responsabilidade da segurança privada" (confira o posicionamento completo abaixo). Compartilhe esta notícia no WhatsApp Compartilhe esta notícia no Telegram PMT e PM fazem convênio para segurança de prédios públicos; vigilantes demitidos protestam Eric Souza / g1 Notas Sindicato dos Vigilantes do Piauí O sindicato vem a público manifestar sua total insatisfação e repúdio à decisão da Prefeitura de substituir vigilantes armados por policiais militares nos postos de trabalho. Essa medida prejudica diretamente a categoria dos vigilantes, comprometendo empregos e direitos trabalhistas conquistados com muita luta. Além disso, desvia a função dos policiais militares, que devem estar nas ruas garantindo a segurança da população como um todo, e não assumindo postos de trabalho que são da segurança privada. Defendemos o respeito aos profissionais vigilantes, que são devidamente treinados e qualificados para a função, cumprindo todas as exigências legais e regulamentações da categoria. Exigimos que a Prefeitura reveja essa decisão e mantenha os vigilantes armados nos postos, garantindo a continuidade dos empregos e a segurança adequada nos locais protegidos. Prefeitura de Teresina - Secretaria Municipal de Administração A Prefeitura de Teresina esclarece que está implementando medidas para garantir a segurança nos prédios públicos municipais. Como parte dessas ações, foi firmado um convênio com a Polícia Militar para que policiais, em seus horários de folga, possam atuar na segurança dos locais. Reiteramos que todos os direitos trabalhistas dos vigilantes terceirizados estão sendo rigorosamente respeitados. A administração municipal acompanha de perto a transição para assegurar que as obrigações contratuais sejam cumpridas. 📲 Confira as últimas notícias do g1 Piauí 📲 Acompanhe o g1 Piauí no Facebook, no Instagram e no X VÍDEOS: assista aos vídeos mais vistos da Rede Clube